segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Desocupação do Restaurante Self-service/Burguesão pelo Coletivo Rapinagem


Comunicamos que hoje, segunda-feira (03/09), o Coletivo Rapinagem encerrou a ocupação do restaurante self-service/Burguesão da Universidade Estadual de Feira de Santana, que durou cento e quarenta e cinco dias. Ao longo de quase cinco meses de ocupação e resistência às políticas repressivas do Mais Uefs, conseguimos garantir TODOS os pontos de pauta. Entre as conquistas destacamos: a) realocação do self-service/Burguesão, até então anexo do Restaurante Universitário/Bandejão, o que permitirá a ampliação do espaço físico deste e garantirá melhor qualidade da alimentação; b) funcionamento do R.U. nos finais de semana, feriados e feriadões; c) aumento do número de cotas e bolsas alimentação nas três refeições diárias, representando os subsídios parciais e integrais respectivamente; d) garantia de um Núcleo Permanente de Fiscalização da qualidade da alimentação, bem como das condições de higienização e de infra-estrutura do espaço; e e) formação de uma comissão responsável pelo estudo das condições necessárias para a implementação de uma Gestão Pública, a médio e longo prazo, no R.U., onde desde os funcionários ao próprio abastecimento do restaurante serão de responsabilidade da Universidade.
Apesar das retaliações já estarem acontecendo há algum tempo contra os membros do Coletivo, permanecemos durante todo esse tempo para que toda a nossa pauta fosse alcançada. Cabe agora à Administração Superior promover as condições necessárias para reabertura do R.U. o mais breve possível.

Coletivo Rapinagem
03/09/2012

Da Saída do Coletivo Rapinagem do Restaurante Self-service/Burguesão

Vale ressaltar que o Coletivo Rapinagem ocupou o restaurante self-service, também acunhado de Burguesão, e não o Restaurante Universitário/Bandejão. Por que repetir isto? Esta informação é muito importante, pois é ela que valida e simboliza todo o nosso processo de luta, nossos motivos e nossas causas, que não foram simplesmente exigir melhor qualidade de comida e serviço, o que já a tornaria justa, mas também demonstrar as contingências que mantinham a precarização do Bandejão como condição sine qua non para a manutenção do Burguesão, e a lógica lucrativa que há por detrás desta. Quebras contratuais, não cumprimento do cardápio, falhas no atendimento, incapacidade de atender minimamente as demandas, denúncias sobre irregularidades no funcionamento, além do inadequado armazenamento de alimentos e total falta de higiene tanto do ambiente quanto dos utensílios, alimentos, aparelhos, entre outros, foram todos pontos críticos que este grupo sempre denunciou e estão entre as razões públicas do fechamento do restaurante.
Ao longo destes mais de quatro meses de Ocupação, o que correspondeu a todo o período letivo do presente semestre 2012.1, resistimos e, sobretudo, tentamos o máximo possível manter as discussões, convocar a Administração para negociações, pressionar para que as mesmas acontecessem, e divulgar todos os passos dados por nós, pela Reitoria e pelas demais categorias representativas universitárias – prova disso foi toda a nossa movimentação publicitária em torno do nosso blog, das redes sociais tais como o facebook, de impressões e panfletagem de cartas e notas abertas à toda a comunidade acadêmica e dos variados atos públicos promovidos dentro do âmbito acadêmico.
A maioria dos pontos de pauta já gozavam do comprometimento da Reitoria, tais como: o funcionamento do R.U. nos finais de semana e feriados, o aumento do número das bolsas alimentação, sejam integrais ou parciais, e a formação de um núcleo permanente de fiscalização para assegurar a qualidade da comida servida, da higienização e das condições físicas do ambiente do restaurante, em substituição da antiga comissão de Boas Práticas que se mostrou ineficaz para o mesmo papel, e houve avanço nas discussões sobre Gestão Pública.
Após a assinatura do Termo de Compromisso tirado na última AGE do dia 06 de julho, nesta última sexta-feira (31/08) pela Reitoria, o ponto de pauta mais polêmico desde sempre, acerca do fim do restaurante self-service/Burguesão no presente espaço, foi garantido com um acordo entre as partes pela realocação imediata do mesmo. Isto, mais a garantia de outros termos, como a formação de uma Comissão Avaliadora do espaço físico do restaurante para a saída do Coletivo, permitiu as condições para o desfecho de um processo de luta que está prestes a se encerrar.
A Desocupação do espaço do self-service está prevista para a próxima segunda-feira (03/09), quando se encerra definitivamente as atividades de negociação e inicia o processo de reabertura do Bandejão com o cumprimento das garantias acertadas pela Administração Central.


COLETIVO RAPINAGEM, 31 de agosto de 2012.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

CARTA-DENÚNCIA ABERTA (O DESCASO DOS BEM ALIMENTADOS)


Não há dúvida de que as últimas ações da Reitoria/+UEFS se configuram como um jogo de conveniências e mentiras associado a uma política proposital de terror. Primeiro, quando foi oportuno que se ignorasse a existência de uma Ocupação esta foi ignorada. Depois, antecedendo o vestibular, quando não lhes era conveniente ter um grupo de estudantes ocupando um restaurante, a reitoria simplesmente passou por cima do regimento da UEFS e da política “democrática” e de não violência do +UEFS para tentar uma desocupação forçada, que recebeu o repúdio dos estudantes organizados em uma Assembléia Geral Estudantil (AGE). No decorrer deste processo a política de terror orquestrada pela gestão +UEFS continua com retaliações e criminalizações ao movimento estudantil: cortes de água e luz, inviabilização da alimentação com a retirada dos botijões de gás do restaurante, torneiras externas quebradas e, de maneira ainda mais explícita, com a exclusão de fiscais do vestibular por serem simpatizantes ao movimento, que foram constrangidos publicamente e escancaradamente ameaçados com esta ação.
Passado o período de vestibular, a reitoria, que aparentemente não tem motivo algum para se preocupar com a existência de uma ocupação, mais uma vez torna conveniente deixá-la cair no esquecimento. Ainda mais conveniente é deixar os estudantes acreditarem que com a desocupação do Coletivo Rapinagem o restaurante voltaria a funcionar imediatamente e com as pautas garantidas. Sabe-se, portanto, que este movimento denunciou descumprimentos essenciais do contrato, infra-estruturas decadentes de funcionamento e condições inexistentes de higiene, culminando numa ação movida ao Ministério Público para tomada de providências. Será mesmo que a reitoria acha que nós vamos deixar que se esqueça de tudo o que já foi e ainda está sendo denunciado? Pior que isso é organizar um jogo político de inverdades e se esconder diante de uma fala democrática de consulta as instâncias representativas (SINTEST, ADUFS e DCE), consulta esta que já sinalizou a conquista da pauta que tanto polemizou o debate: FIM IMEDIATO DO SELF-SERVICE/BURGUESÃO. Já que a ADUFS e duas AGE’s já se posicionaram a favor deste fim agora e somente o SINTEST se posicionou de forma neutra, porém também favorável ao fim, mesmo que o aceitando para o próximo contrato.
Temos então uma negociação fantasma, transtornos na permanência universitária, uma Ocupação caindo em esquecimento, e a criação de um senso de que tudo que está e já aconteceu foi nada ou que é normal. E sabe qual é o problema disso, reitoria? Existem mais de nove mil estudantes sendo prejudicados com o não funcionamento do R.U. e que não se esquecem de que a precária fonte de alimentação deles foi retirada pela gestão ineficaz do +UEFS/Reitoria, que insiste em não negociar um retorno em condições dignas de alimentação. A reitoria escreveu em nota do dia 18 de abril com relação ao fim do burguesão: “comprometemo-nos a convocar imediatamente as entidades representativas das categorias para que, em 45 dias, tenhamos subsídios democráticos e legítimos para uma tomada de decisão”. Já se passaram 112 dias!!! As entidades das categorias já emitiram essa decisão. Mas então por que nossos impasses ainda não se resolveram? Voltamos a indagar: O que falta agora, seu reitor? Observamos que já se tornou explícita a tod@s da comunidade acadêmica a política “muito conveniente” e de terror com que a reitoria (BEM ALIMENTADA) vem tratando os fatos. Denunciamos o descaso!

COLETIVO RAPINAGEM, 02 DE AGOSTO DE 2012.

terça-feira, 10 de julho de 2012

O que falta agora, Reitor? (Carta do Rapinagem sobre o Possível Fim da Ocupação nesta Quarta).


Próximo aos 90 dias de ocupação do Restaurante Universitário da UEFS, e sem saber como resolver a situação, que para o reitor foi como uma pedra no sapato, a Administração Central revela escancaradamente sua postura autocrática de gerir. Mesmo após a retirada das barreiras paramilitares de proteção e dos mais de cinquenta seguranças contratados – obra da deliberação estudantil conquistada em AGE –, o Coletivo Rapinagem e o contingente estudantil que o apóia permaneceram por todos esses últimos dias sem o devido abastecimento de água e luz do prédio, numa talvez não tão clara, mas não menos repulsiva, mostra de autoritarismo.
Vale lembrar que essa Ocupação é consequência direta de um não-diálogo de cinco anos, o que temos como comprovar. Sempre por detrás de um discurso altamente democrático, Zé Carlos se propôs, num ato de desespero, ao ridículo de tomar iniciativas completamente destoantes de todo seu suposto aparato ideológico de gestão sustentado até agora. A vantagem desses últimos acontecimentos foi que, diante de todo o circo de terror, agregamos diversos estudantes, e dos mais variados, que ficaram horrorizados durante toda a tentativa de desocupação forçada. A comunidade estudantil foi ao local certamente para ver o posicionamento do Rapinagem submetido àquela situação e, aparentemente, não só se comoveram como também entenderam finalmente a nossa luta – para os que estavam em cima do muro, sem uma opinião formada, estes dias foram fundamentais para que compreendessem a real conjuntura política desta universidade.
Ainda no primeiro dia de tentativa frustrada de retirada dos ocupantes do restaurante Burguesão, quando as ordens dadas pela reitoria chegaram ao cúmulo de mandar sitiar todos lá dentro com placas de maderite, pessoas do lado de fora se juntaram numa espécie de contra-movimento. Os estudantes resistiram juntamente com o Coletivo e foram, sem sombra de dúvidas, essenciais para a manutenção da luta – devemos inclusive nossos muitos obrigados à colaboração de todos.
No segundo dia, a aglomeração de pessoas se deu no intuito de que ocorresse uma Assembleia Geral dos Estudantes (AGE). Aconteceu a AGE, mas muito diferente do que seria o pior a esperar – a deliberação para um ato de desocupação, por exemplo – foram tiradas dela: uma moção em repúdio aos atos repressivos da reitoria; apoio ao Coletivo, principalmente no que concerne ao seu principal ponto de pauta: fim do Burguesão imediato; exigência do fim do cerco e dos seguranças para que houvesse, de fato, negociação; e um ato para reunião na reitoria para, enfim, pressioná-la a uma resolução.
Após longa demora, o reitor apareceu, a reunião ocorreu, mas nada se resolveu. Em nota publicada, a reitoria se pronuncia da seguinte forma: “a decisão da assembleia estudantil dificulta o processo de restauração da normalidade no serviço de alimentação no Restaurante Universitário”, o que sinceramente não entendemos. Como foi dito pelo próprio vice-reitor Genival Corrêa de Souza, na mesa de negociação ocorrida na última sexta-feira (06/07), o que impossibilitaria a aceitação do fim imediato do Burguesão era o fato desta não ser uma pauta dos estudantes, e sim de um grupo minoritário. Mas mesmo após esta ter sido ampliada como pauta da categoria estudantil que, vale salientar, já havia sido conquistada em AGE ocorrida na terça-feira 24 de abril de 2012, a Administração Central da Uefs ainda arranjou novas formas de postergar a resolução da questão.
Em suma, a reitoria pede que os sindicatos dos técnicos administrativos e dos docentes (Sintest e Adufs, respectivamente) se reúnam novamente até a próxima quarta (11/07), dia em que ocorrerá uma reunião entre as categorias e a administração, onde aquelas deverão dar seu parecer acerca da questão Burguesão – o que não era de forma alguma necessário, afinal, várias assembleias já foram realizadas há algum tempo e o posicionamento dessas instâncias já é conhecido.
O que pretende então o nosso magnífico reitor? Qual a próxima armação que devemos esperar? Sim, não é de se duvidar uma nova trama, ainda mais para quem passou pelos últimos acontecimentos. Mas muito além disso, alguns detalhes parecem não se encaixar, deixando um ar de suspeita e levantando questionamentos, por exemplo: por que a reitoria que tanto queria concluir a questão da Ocupação resolve esperar até quarta ainda, sendo que já tem todos os recursos para tal fim em mãos? Por que decidem esperar mais?
Nos parece estranho, após cinco anos de discussões burocráticas, três meses e nada de negociação, após as medidas desesperadas e injustificáveis de desocupar à força, após nossa vitória em resistir à opressão e em conquistar novos adeptos à pauta e após o apoio da categoria estudantil, que a reitoria ainda queira esperar. O que será que eles planejam? Não excluímos a possibilidade de um novo golpe.
Certo é que a próxima quarta será o “Dia D” da UEFS, o dia para reafirmarmos nossa pauta, nossa luta e nossa conquista. Na última AGE, o DCE perdeu em sua defesa de realocação do Burguesão para depois, porém são eles que representam a categoria estudantil legalmente, e mesmo contra esta pauta, o DCE estará na mesa de negociações. Acreditamos que esta é a hora de TODA a comunidade de estudantes fazer um DIA GERAL DE LUTA E MOBILIZAÇÃO PELO BANDEJÃO, PRESSIONANDO AS INSTÂNCIAS  QUE  ESTARÃO NA  MESA COM O REITOR  PARA QUE HAJA O ATENDIMENTO DA PAUTA JÁ DELIBERADA.
Não se trata de concordar ou não com o Rapinagem, nem de achar certo ou não a Ocupação, mas de GERAR O MÁXIMO DE PRESSÃO ESTUDANTIL POSSÍVEL, para que nesta quarta possamos findar o dia com a certeza de que o nosso Bandejão voltará a funcionar e que esse self-service será retirado de seu atual espaço para ampliar o nosso, como referendado pela AGE, que também conseguiu: cotas aumentadas em todos os turnos e  funcionamento fiscalizado e estendido aos finais de semana garantidos, além da pauta Gestão Pública bastante avançada. Com essa conquista poderemos finalizar esta Ocupação e superar este quadro difícil que a todos afeta de diferentes maneiras. Convocamos, pois, os e as estudantes, em geral, para uma ampla mobilização em todo o dia de quarta-feira, o Dia D da UEFS.

Coletivo Rapinagem, 09 de julho de 2012.

domingo, 8 de julho de 2012

EM REPÚDIO AOS ATOS DE REPRESSÃO NA UEFS (BANDO ANUNCIADOR)


“...Eu vejo o futuro repetir o passado,
eu vejo um museu de grandes novidades...”

Depois de quase 90 dias de ocupação do Restaurante Universitário da UEFS, a reitoria optou por uma ação repressiva e unilateral de desocupação violenta do R.U.. Diante do ocorrido, viemos por meio desta carta, repudiar  tais medidas e denunciar seu caráter autoritário e truculento.
Na manhã do dia 5 de julho, cerca de 60 vigilantes cercaram o R.U. com grades de ferro impendindo a entrada de qualquer estudante na ocupação, causando o isolamento de  estudantes que estavam nesse espaço, o que criou um clima de tensão e terror. Durante o cerco a administração superior, em ato de extrema desumanidade e desrespeito, ordenou o corte de água, luz e gás, e impediu a entrada de alimentação com o objetivo de forçar a saída dos ocupantes do espaço.  Para piorar o cenário de terror orquestrado pela reitoria, ordenou-se a “operação madeirite”, que consistia em forçar o isolamento total daqueles ocupantes lacrando as janelas e portas de  modo a reforçar a incomunicabilidade, a fome e a atmosfera de pânico, numa atitude digna da era Onofre.
Momentos de tensão foram constantes e contaram com situações de atrito nos quais alguns estudantes sofreram agressões as mais diversas, físicas, psicológicas e morais. Mulheres foram covardemente agredidas por seguranças armados, e foram registrados casos de manifestações homofóbicas e racistas. Estudantes foram feridos nos embates com os seguranças que de forma truculenta tentavam impedir a entrada de comida, água e medicamentos. Ações essas incitadas, reforçadas e PRATICADAS também por alguns professores ligados à administração central.
Tais atitudes foram repudiadas por boa parte de estudantes que compreendem que atos autoritários como esse não condizem com o ideal de universidade democrática e plural. E por isto mesmo configurou-se uma teia de solidariedade, expressa no apoio aos sitiados em forma de vigilias, fornecimento de água e alimentos, e até em enfrentamento corporal. A repercussão negativa em alguns setores da imprensa e veemente condenação por parte de setores dos movimentos sociais, além da própria resistência dos sitiados que destruiram os madeirites, fizeram a reitoria recuar na ofensiva.
No segundo dia de sitio aconteceu uma Asembléia Geral dos Estudantes (AGE) que decidiu pelo repúdio a atitude tomada pela administração central da UEFS e exigiu a retirada do cerco policialesco. Nessa assembleia foi definida uma pauta na perspectiva de que as saídas para os atuais impasses devem passar necessariamente pelo DIÁLOGO e NEGOCIAÇÃO, caminhos para sepultarmos heranças antigas que em nada condizem com o que entendemos por universidade e que não mais devem ter espaço.

08 de julho de 2012
Bando Anunciador
Feira de Santana, Bahia

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Tentativa forçada de desocupação


A gestão Zé Carlos mostrou hoje sua verdadeira face. Desconstruindo por completo o mito democrático, na tentativa falida de uma desocupação forçada do grupo Rapinagem, a postura da Reitoria apenas revelou que o grupo há tempos vinha denunciando: quão falseada foi a disposição e crença da Administração Central para o diálogo.
Próximo ao período do vestibular – e com uma tremenda pressa de “resolver” o impasse da Questão Bandejão –, a Reitoria tentou, numa atitude explicitamente desesperada, forçar uma desocupação por parte do Coletivo como se isto fosse a medida resolutiva dos atuais problemas, o que é engraçado: afinal, três meses se passaram, tempo mais que suficiente para resolver a questão, e não houve nenhuma atitude efetiva de negociação da Reitoria, e agora, num momento crucial para a Administração, ocorre uma suposta tentativa de resolução à curto prazo.
Para qualquer ser crítico não há como haver negociação sob as contigências impostas hoje pela Reitoria. Cerco de barreiras de ferro e práticas de inanição foram apenas algumas das táticas usadas. Dezenas de seguranças – que, aliás, muitos foram contratados sem ter experiência alguma na área (estavam apenas fazendo “bico” como revelado por alguns) –, colocam em risco a segurança não só dos estudantes ocupados como também dos que estão externamente se solidarizando com a nossa reivindicação. Entendemos que esta ação fere o próprio Regimento Interno da Universidade pelo fato deles não serem capacitados ao serviço que prestam, além de que o uso de seguranças patrimoniais para tais fins não é legítimo.
O cúmulo dos eventos se deu à partir do fim da tarde quando placas bastante grossas de maderite foram usadas para fechar as vias de acesso do RU. Num ato de repúdio, estudantes dos mais variados se uniram à causa retirando as barreiras por fora, enquanto o Coletivo as empurrando por dentro. Não necessariamente por apoiarem o movimento de ocupação, mas por se enojarem diante das ações repressivas tomadas hoje pela Reitoria, esses estudantes foram fundamentais no processo de resistência dessa ocupação.
Diferentemente do coro que só sabe dizer “fora Rapinagem”, ficou claro hoje para aqueles que acompanham todos os acontecimentos, que a gestão Mais Uefs não sustenta a tônica democracia-diálogo-negociação.
Diante de uma suposta mesa de negociação onde nada foi acertado, e onde a Administração se fez, mais uma vez, de desentendida com relação às nossas causas. Diante do apoio recebido, em prática, por estudantes conscientes da repressão antidemocrática realizada pelo Reitor. E diante do apoio de entidades representativas estudantis da Uefs, que coadunam com nossa pauta. Explicitamos, fim do Burguesão é pré-requisito para o fim da ocupação. Esta é nossa pauta primordial e sem ela ganha nada do feito até agora teria sentido.
Exigimos uma postura de negociação em que sejam apresentados fatos concretos por parte da Reitoria, e não mais promessas, e que possam ser encaminhados à partir do que for negociado. Queremos uma resolução efetiva e nada mais de joguinhos e medidas resolutivas instantâneas. É a hora de projetarmos um Bandejão de qualidade que atenda a demanda de todos(as), independente de categoria acadêmica ou classe privilegiada.

COLETIVO RAPINAGEM

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ESTAMOS sofrendo um processo de desocupação orquestrado pelo reitorado Mais UEFS, continuamos RESISTINDO!!!!

Neste exato momento ESTAMOS sofrendo um processo de desocupação orquestrado pelo reitorado Mais UEFS, e continuamos RESISTINDO!!!
Em processo de desocupação orquestrado pelo reitorado Mais UEFS, e continuamos RESISTINDO!!!
Em processo de desocupação orquestrado pelo reitorado Mais UEFS, e continuamos RESISTINDO!!!

QUE Divulguem-se as verdades!

Seguimos na resistência!!!

Quem não ajuda, atrapalha!


“O DCE teoriza movimento estudantil, fala em popularização da Universidade, mas em um momento de fervor, quando um coletivo luta por uma causa, ele propõe uma desocupação.”


Temos desde o dia 12 de abril um grupo de pessoas em ato de ocupação por pauta referente ao Restaurante Universitário. Por uma universidade realmente popular, temos dentre os diversos pontos:

a)                 Aumento de cotas e bolsas alimentação, representando o subsídio parcial e total, respectivamente, das refeições;
b)                 Funcionamento aos finais de semana, atendendo não só residentes, mas estudantes que moram no Feira VI, por exemplo;
c)                 Passagem a uma Gestão Pública, sendo desde os funcionários ao próprio abastecimento do restaurante responsabilidade da Universidade; e
d)                 Fim imediato do self-service (Burguesão), o maior símbolo de como foi falho o projeto para um RU de qualidade.

Ao que parece, se ainda não houve consenso acerca da importância de se acabar já com o espaço Burguesão, entre toda a comunidade acadêmica, é porque a questão está sendo analisada por reflexões rasas. Por exemplo, não desconsideramos, em momento algum, o fato de haver o direito das pessoas escolherem onde irão almoçar. Também não pretendemos restringir, ou mesmo obrigar, que almocem todos em um local específico. A questão Fim do Burguesão envolve uma lógica mais eficaz que o estereotipado grupo de estudantes lutando pela não divisão de classes.
O fato de uma empresa (Sabor & Arte) ser atualmente a responsável pelos espaços do Bandejão e do Self-service simultaneamente, existindo ambos em mesmo prédio e dividindo a mesma cozinha, traz consigo a seguinte regra: a manutenção do Burguesão e a qualidade da comida servida no Bandejão são grandezas inversamente proporcionais, ou seja, para que haja sentido a existência do Burguesão é imprescindível a precarização do Bandejão. E, afinal, era o que vinha acontecendo: não havia comparação entre a comida servida em um e em outro – a comida do Burguesão sempre melhor, claro, para que quem tivesse dinheiro para pagar por ela tivesse acesso. Além disso: a) as filas gigantescas, em pleno horário de meio-dia, que os estudantes encaravam, chegando a passar, normalmente, mais de uma hora nelas, somente para que pudessem entrar no espaço Bandejão; b) as não raras vezes, por exemplo, em que havia apenas um funcionário responsável por registrar a entrada dos estudantes no RU para o almoço, o que estava longe de suprir minimamente a demanda; e c) a longa demora para completar o abastecimento da comida no local devido a ser servida aos alunos, outra ineficiência para a demanda. Estes são, talvez, os exemplos mais marcantes da situação insustentável de funcionamento por que passava o RU antes da paralização.
Agora, mudando um pouco a perspectiva, o que mais nos intriga é o fato da comunidade acadêmica, em geral, ter se chocado mais com o movimento de ocupar o restaurante que com as várias denúncias apresentadas sobre todas as irregularidades de funcionamento, armazenamento impróprio de alimentos e falta de higiene do local; que com as variadas quebras de contrato apresentadas por parte da empresa Sabor & Arte; que com o trabalho falho, e explicitado, do Conselho Gestor em fiscalizar e administrar o funcionamento apropriado do restaurante; que com o fato de um grupo de estudantes há cinco anos lutar por meio de todas as vias institucionais pelo melhoramento do Bandejão e, só agora, após ter conseguido nada, partir para uma ação que foge aos trâmites legais. Não parece haver uma inversão de lógica? Conseguimos parar a Universidade por três dias, mas as pessoas foram incapazes de parar pra pensar nos motivos que nos levaram a isto por um dia que seja. Por isso, ao vermos a Reitoria pedir “que os estudantes possam compreender a necessidade do retorno imediato das atividades do Restaurante Universitário”, nos perguntamos: “retornar daquele jeito?!”. No mínimo, isso é um absurdo!
Temos o outro lado da história, onde parece ser mais sensato o apoio da comunidade, principalmente estudantil, à nossa causa. Onde parece mais justa a união da categoria estudantil em torno de seus próprios interesses e em torno de interesses coletivos – a questão Bandejão deve ser entendida assim. Sem essa de “caprichos pessoais”, pois Fim do Burguesão para que verdadeiramente se produza um Bandejão de Qualidade é demanda universitária, tanto para um projeto de universidade popular quanto, sobretudo, para validar aquela que seria “uma das mais efetivas políticas de permanência dentre as universidades públicas brasileiras”, e não puro interesse de “um restrito grupo de estudantes”.
Na atual conjuntura, podemos até falar de como se torna desnecessário a existência de um DCE em nossa universidade. Os estudantes, de modo geral, deveriam se unir assim que necessitassem concatenar forças, e, quando um movimento social surgisse, estes deveriam o apoiar – e não ser como vemos hoje em dia, quando o grupo virtualmente representativo do segmento estudantil visivelmente esbarra num processo de luta, com que intenção outra senão de uma politicagem mesquinha. Não os permitiremos conquistar essa pauta, pois nós é que devemos mostrar este serviço – este parece ter sido o pensamento de quem faz parte do DCE durante todo esse tempo.
Já tivemos sim, nesse processo, nossa pauta distorcida por interesses políticos do DCE; projeções de negociações e de conquistas foram atrasadas, não uma vez, por articulações às escondidas entre o DCE e a gestão Mais Uefs – como ocorrido recentemente; e tivemos toda a sorte de prejuízos imaginada que poderia ter sido acarretada ao comprarmos essa briga em nome de nossos objetivos por melhorias.
Sabemos, Reitoria, o quanto somos impertinentes ao desestabilizar a consensual praxis da gestão Zé Carlos. Sabemos, DCE, como somos inconvenientes demonstrando sua incapacitada representação estudantil. Sabemos, Reitor, o quanto não somos “violentos e unilaterais” e o quanto é falseada sua disposição e crença no diálogo. Sabemos, DCE, que uma universidade não se constrói de palavras vagas e apitos, mas sim de luta e movimento. Sabemos, Zé Carlos, quão distorcida foi sua, auto-promovida, “busca de canais de diálogo e de negociação” com o Coletivo. Também sabemos, DCE, que uma instância que mal se representa não tem condições de representar estudante algum. Não ajuda, também não atrapalha!


“É chegada a hora de pensar não em desocupar, mas em pressionar a Reitoria para que a pauta seja conquistada.”


Feira de Santana, 4 de julho de 2012

COLETIVO RAPINAGEM

quinta-feira, 14 de junho de 2012

FIM DO BURGUESÃO = FIM DA OCUPAÇÃO


Na última terça 12 de junho, o Coletivo Rapinagem completou dois meses de existência e ocupação. As pautas que este propôs têm sido amplamente debatidas pelos vários setores da Universidade: ADUFS, SINTEST, DCE e Administração Central, que realizaram nas duas últimas semanas reuniões e Assembleias pautando unicamente a situação do Restaurante Universitário/Bandejão. Fato jamais ocorrido na história desta instituição, o RU nunca foi pauta de discussão dentro de algumas destas esferas, tendo isto ocorrido exclusivamente pela pressão causada pelo coletivo que atualmente ocupa o self-service/Burguesão.
Apesar da exclusão formal do Rapinagem nesses ambientes de discussão e deliberação - e das distorções ocorridas em determinadas pautas por parte do DCE - algumas dessas já estão asseguradas como: o funcionamento aos finais de semana, o aumento das cotas e bolsas alimentação e a formação de uma Comissão de Fiscalização fixa, dentro do restaurante, para assegurar a qualidade da comida servida, da higienização e das condições físicas do ambiente. Também um grupo de estudos sobre a Gestão Pública já foi acatado pelo Reitor. As únicas pautas emperradas são: fim do Burguesão e não retaliação/criminalização ao Coletivo, por não haver consenso entre as partes e resposta da Reitoria, respectivamente.
No último dia 06 de junho, ocorreu reunião entre as entidades representativas da Universidade na Reitoria. A ADUFS, antes contrária ao ponto de pauta, posicionou-se a favor do fim imediato do Burguesão, em concordância com o deliberado pelos estudantes em AGE. O SINTEST também se mostrou favorável, no entanto, após o fim do contrato. Houve destaque para a injustificável ausência do DCE, suprida pela real participação estudantil – de estudantes autônomos a DA’s e NENNUEFS.
Reafirmamos que, como declaramos desde o início desta ocupação, o fim do Burguesão é pauta primordial, da qual depende a resolução dos impasses. Afinal de contas, ocupamos o Burguesão exigindo o seu fim. Pelo já exposto, sem isso, não arredamos o pé!!! Continuamos viv@s, ativ@s e combativ@s!!!

sexta-feira, 8 de junho de 2012


Um Sonho de Comer*
 
Que quer dizer sonhar com frango, irmão?
Que o Bandejão tá parado
'Inda há Ocupação

Que quer dizer sonhar com arroz, irmão?
Que a luta não acabou
José deixa todos na mão

Que quer dizer sonhar com prato
talher, guardanapo
mesa vazia
barriga vazia
vazia
vazia

Que é isso, irmão?

Irmão,
Que é sonhar com feijão
comida boa
Burguesão
O que é sonhar de comer e passar mal?

Que quer dizer sonhar com pêra
uva, maçã
com salada mista

Que quer dizer, irmão?

Sonhar com carne
alface, tomate
café, almoço 
janta

Que é sonhar um sonho de comer?

(Serra, Eduardo - 05/06/12)

*Aos dois meses de Coletivo Rapinagem.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Ainda queremos negociação! (Carta à Reitoria da UEFS)

Ainda queremos negociação!

Este documento tem como finalidade destacar nossas pautas de reivindicação, reafirmá-las e dialogar conjunturalmente com os novos sentidos e respostas das instancias representativas universitárias e reitoria ao nosso movimento. Através deste, queremos evidenciar que o Coletivo Rapinagem não concorda com a forma como as negociações estão sendo conduzidas, por considerar a distância entre os pontos de pauta reivindicados pelo movimento e aqueles apresentados pelos pretensos mediadores que sequer são considerados legítimos por nós, na medida em que a pauta trazida pelo Rapinagem não se confunde nem se limita à pauta que, via DCE, tem sido apresentada à Reitoria. Razão pela qual, sequer consideramos as reuniões daí decorrentes como, de fato, uma negociação, uma vez que os atores centrais no processo (a ocupação) têm sido tangenciados. Daí, a intenção de, novamente, resgatar a discussão aos sujeitos passíveis de apresentar solução aos impasses postos, explicitando as pautas a serem debatidas na ocupação com a administração central.
Pretendemos com isso alertar para os rumos distorcidos que vem assumindo o atual processo de negociações. Existe uma ocupação acontecendo há cinquenta dias na UEFS e a postura da administração superior de desconsiderar os membros deste movimento como dialogadores possíveis e legitimar apenas as instâncias representativas neste processo estabelece uma situação de impasse em que cada vez mais se distanciam as possibilidades de uma solução efetiva para a crise  que   ora  a universidade atravessa. Alertamos para o fato de que mesmo atendendo as pautas sustentadas pelo DCE, que não se confundem com as nossas, o restaurante continuaria inviabilizado pela ocupação, as pautas que ora sustentamos continuariam sendo sustentadas e a fome que hoje atinge a comunidade acadêmica continuaria sem uma solução possível.
Diante da análise exposta, reafirmando que o espaço continua ocupado até uma negociação direta com soluções concretas e imediatas para além de promessas assinadas em papéis, pontuamos nossas verdadeiras pautas e os possíveis caminhos no avanço de diálogo mais propositivo, que não se confunde com repetições de palavras, termos e compromissos como a reitoria já apontara no mês que passou. Sendo assim, seguem no transcorrer deste documento nossas pautas revisitadas sob um olhar conjuntural crítico do momento histórico que nos encontramos:
1-Não retaliação ao movimento e às pessoas do movimento (Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais!) – No decorrer do processo de ocupação, os sujeitos envolvidos diretamente nesta passaram a sofrer retaliações e criminalizações das mais diversas com um sentido coercivo e autoritário, e por si só injustificáveis. Bolsas foram cortadas e/ou remanejadas de setores, a citar-se as modalidades de bolsa auxílio alocadas no Biotério, Comissão de Boas Práticas e Conselho Gestor do próprio Restaurante Universitário (setores ironicamente relacionados diretamente com nossa reinvindicação). Além disso, falas docentes em sala de aula, declarações em conselhos departamentais e encaminhamentos da própria associação docente desta universidade, demonstram que criminalizar o coletivo institucionalizou-se enquanto política declarada de uma parcela da comunidade universitária. Pontuamos que nossas reivindicações perpassam por outras questões, porém, colocamos como sinequanon a relação entre uma possível desocupação e a garantia de que nenhum membro deste coletivo seja (agora e/ou posteriormente) retaliado, perseguido ou constrangido em consequência deste movimento.
2-Funcionamento nos finais de semana –  Alertamos que este ponto já era pauta da residência universitária devidamente exposta e declarada há pelo menos 3 anos; salientamos que o funcionamento nos fins de semana é uma das pautas que deve ser garantida imediatamente. Estudos de demanda já foram feitos pelo próprio conselho gestor, porém mesmo sem estudos consultivos já existe a sinalização empírica da necessidade de muitos moradores da residência universitária, estudantes do Feira VI e de estudantes que frequentam a universidade aos sábados, de se alimentarem nos finais de semana, feriados e feriadões. Sendo assim, defendemos a garantia de que esse funcionamento seja efetivado imediatamente com uma cota mínima inicial de 300 refeições diárias.      
3-Aumento e Gestão das Cotas Integrais e Parciais – Como uma de nossas pautas, a garantia das cotas integrais para todos os moradores da residência (residentes e excedentes) caminha no sentido de permanência estudantil. Exigimos esta garantia histórica que nos foi retirada. Juntamente com isso, pautamos o aumento das cotas integrais que atualmente são disponibilizadas para comunidade não residente por meio de avaliação socioeconômica, de modo que os alunos cotistas possam ser contemplados com maior prioridade. Para, além disso, não abrimos mão do incremento substancial representado pela expansão gradual das cotas integrais e parciais, tendo em vista que a UEFS vem ofertando novos cursos e aumentando consideravelmente suas matrículas, o que só expande a demanda dos e das estudantes, há muito represada, pelo acesso às políticas de alimentação entendidas enquanto políticas de assistência e permanência estudantil.
4-Pelo fim do Burguesão – Esta ocupação não vê mais nenhuma viabilidade em retorno do  self-service  neste espaço. Nosso entendimento é de que a existência do  (burguesão) self-service precariza  a qualidade  da alimentação servida no bandejão, seja pelo compartilhamento da cozinha, da despensa  e dos funcionários, seja pela própria  natureza de um serviço pago oferecido pela mesma empresa  ao lado do serviço ofertado no bandejão, cuja precarização cada vez  mais acentuada é correspondente às necessidades  lucrativas  do  self-service. Avaliamos que não é função deste movimento definir onde outras categorias ou  mesmo certa parcela  da categoria estudantil poderá se alimentar a partir do fim do  self-service e que  se  a universidade se propõe   a  manter um sistema de  bandejão e  que  este seja de qualidade, parece contraditório que  o  mesmo já traga em anexo um serviço de  melhor qualidade.
5-Núcleo Permanente de Fiscalização e Conselho Gestor do R.U. – Destacamos sobre o núcleo permanente de fiscalização, que este deve ater-se a sua função fiscalizadora deixando os aspectos relacionados à gestão contratual sob responsabilidade do Conselho Gestor e Reitoria. Este núcleo deverá ter sede fixa e atuação permanente fiscalizando as atividades do restaurante como deveria ser feito pela ineficiente comissão de boas práticas. Deve caber a este núcleo encaminhar proposições, críticas, sugestões e denúncias ao Conselho Gestor do R.U., já este deve ser repensado, com permanência das representações estudantis que hoje o compõe e as suas funções não devem ser esvaziadas nem transferidas para o Núcleo Permanente de Fiscalização. Pontuamos que se estabeleçam prazos definidos com relação ao início deste núcleo, bem como os profissionais que o comporão.
6- Por outro modelo de restaurante com caráter público e estatal – Que o Conselho Gestor do R.U. tenha como principal ponto de pauta permanente  a Gestão Pública, visando um modelo  em que a gerência administrativa do restaurante seja feita pela própria universidade. Apontamos para possibilidades de organização institucional, baseadas em modelos de outras universidades que ora analisamos, em que desde a aquisição de alimentos até a contratação de serviços terceirizados ( referentes a  funções não mais preenchidas  via concurso público estatal), haja uma  gerência feita pela UEFS. Desta forma, haveria uma reorientação da destinação dos recursos estatais que atualmente são voltados à manutenção de um contrato com uma prestadora de serviços via processo licitatório; sendo que adotaríamos um modelo de gestão pública com  a Uefs  gerindo o Restaurante Universitário diretamente, estando  a  implementação desta  medida  vinculada ao comprometimento da universidade quanto à definição da  ação gerencial propriamente dita, ficando o Conselho Gestor  encarregado de apreciar e  decidir a forma  mais adequada para a efetivação desta gestão no âmbito institucional.
7-Ampliação do espaço físico e o novo restaurante universitário – Em decorrência das mobilizações do ano passado, em julho a uninfra nos apresentou um projeto de ampliação e reestruturação do espaço físico do atual bandejão, com previsão para conclusão em 12 meses, contando a partir da data exposta. O fato é que passaram-se 10 meses após compromisso estabelecido em forma documentada e nem ao menos um tijolo foi movido para se alcançar esse fim. Agora tentam nos convencer de que até o primeiro semestre de 2013 essa etapa reformista será garantida, ou seja, mais um ano de assento e espera para uma resolução viável desta pauta. Somos movidos pelos exemplos históricos em torno dessa pauta a defender o início, ou a fixação de prazo deste imediatamente, das obras de ampliação do referido restaurante. Com relação ao espaço destinado ao novo restaurante universitário, gostaríamos de maiores esclarecimentos quanto às obras que foram iniciadas naquele espaço em decorrência da ocupação, e a exposição dos prazos previstos, já solicitados inicialmente, para continuidade da construção.
Feira de Santana, 31 de maio de 2012
Coletivo Rapinagem






sábado, 26 de maio de 2012

"Com a barriga vazia não consigo dormir
 E com o bucho mais cheio começei a pensar
Que eu me organizando posso desorganizar
Que eu desorganizando posso me organizar
Que eu me organizando posso desorganizar

(Chico Science e Nação Zumbi)